Como Foram Construídas
Já no que diz respeito às pirâmides verdadeiras, acreditam os estudiosos que existiria uma única rampa que cobria totalmente uma das faces do monumento. À medida em que a pirâmide subia, a rampa ia sendo aumentada em altura e comprimento e seu topo ia sendo estreitado para corresponder à diminuição da largura do monumento. Nas outras três faces da pirâmide haveria estruturas auxiliares de largura suficiente no topo para permitir a passagem do material e dos trabalhadores. Em el-Lisht, escavadores norte-americanos encontraram vigas de madeira que poderiam ter sido colocadas no topo da rampa e das estruturas auxiliares, de modo a formar um caminho estável para a passagem dos trenós que transportavam os blocos de pedra. As rampas seriam lubrificadas com água para reduzir a fricção do arrastar dos blocos. Apenas dez homens seriam necessários para arrastar cada bloco de pedra rampa acima.Pode-se imaginar que uma pirâmide que já estivesse erguida até metade de sua altura total estaria
Terminada a construção do monumento, iniciava-se o polimento de suas quatro faces, iniciando-se pela pedra triangular do topo. À medida em que o trabalho prosseguia, a rampa e as estruturas auxiliares iam sendo desmontadas e a pirâmide começava a surgir em todo o seu esplendor. Os arqueólogos acreditam que nessa fase a rampa e as demais estruturas iam sendo desmontadas não de forma gradual, mas em etapas de vários metros de altura. Eram, então, substituídas por andaimes de madeira, artefatos que sabemos que os egípcios conheciam, os quais permitiriam que uma maior quantidade de homens pudesse trabalhar a diferentes níveis ao mesmo tempo. Finalmente, os construtores dedicavam-se à edificação do templo mortuário, do templo do vale e da calçada que os unia, sendo que alguns deles talvez já tivessem tido seus alicerces assentados antes que a construção da pirâmide fosse iniciada.Já as pirâmides da XII dinastia (1991 a 1783 a.C.) e da XIII (c. 1783 a 1640 a.C.) foram construídas com uma técnica diferente. O motivo para a alteração do método foi a necessidade de economia, uma vez que o novo processo se adequava bem às estruturas relativamente modestas da época, erguidas com materiais inferiores. O autor John Baines nos explica: Do centro da pirâmide partiam sólidas paredes de pedra, enquanto outras, mais pequenas, se cruzavam para formar uma série de câmaras internas cheias de blocos de pedra, de entulho ou de tijolos. A estrutura era então completamente coberta do habitual revestimento exterior. Embora fosse bastante eficaz a curto prazo, este método não se podia comparar aos mais antigos e todas as pirâmides construídas desta maneira estão atualmente muito dilapidadas. A pirâmide de Sesóstris I é um exemplo de monumento construído segundo essa técnica. Como Foram Construídas parte 3
De que forma teriam sido construídos os corredores e câmaras internas das pirâmides? Como tais partes ocupavam apenas uma pequena porção de todo o monumento, acredita-se que possam ter sido erguidas quase que independentemente do restante da tarefa. Rampas subsidiárias, capazes de serem desmontadas em poucas horas, podem ter sido erguidas em qualquer estágio conveniente, de maneira que os blocos pudessem ser erguidos a pontos consideravelmente mais altos do que o nível da camada da pirâmide que estivesse sendo construída naquele instante. Assim, os operários teriam tempo de terminar seu trabalho no interior do monumento antes que chegasse o momento de assentar as pedras da pirâmide que cobririam os corredores e câmaras. Os blocos, muito provavelmente, eram preparados e numerados antes que chegasse o momento de sua utilização e, deste modo, ao serem levados às suas posições finais, o assentamento se fazia sem muita demora. Os sarcófagos e portas levadiças eram introduzidos no recinto respectivo antes que suas paredes fossem edificadas.
Quando a câmara funerária era talhada diretamente na rocha, fazia-se
Para a construção do teto de algumas das câmaras funerárias deve ter sido empregado o mesmo processo. Depois do sarcófago ter sido devidamente colocado em seu lugar, o compartimento era novamente preenchido com areia até
Areia, terra e entulho também devem ter sido empregados na edificação dos templos. O possível método de construção de um templo pode ser descrito da seguinte maneira: inicialmente era colocada a primeira camada de pedras do templo e todo o espaço ao seu redor era recoberto de terra. As pedras da segunda camada eram içadas por meio de rampas | ||
e empurradas para cima desse aterro. A seguir eram colocadas em seus lugares. Novamente preenchia-se com entulho o espaço circundante até nivelar com a altura da segunda camada de pedras. Colocava-se então no lugar a terceira camada e assim se procedia sucessivamente, | fieira após fieira. Concluídas as paredes centrais, a terra que cobria o templo inteiro era retirada. O trabalho se repetia com emprego do mesmo método, agora para erguer as paredes de revestimento do templo. Feito isso, novamente o aterro era retirado. Chegara a vez das colunas de granito |
Outras Hipóteses
Inúmeros estudiosos não aceitam as teorias clássicas sobre como as pirâmides foram construídas. É difícil conceber as centenas de milhares de horas de trabalho gastas para arrastar os maciços blocos de pedra, pesando cerca de duas e meia toneladas cada um, pelas rampas acima, descendo pelas estradas, utilizando um sistema de alavancas, rodízios, roldanas e puro "suor corporal" — afirma o pesquisador Max Toth. Por sua vez, o cientista argentino J. Alvarez Lopez declara: Minha impressão pessoal é que a ciência e a técnica dos criadores da Grande Pirâmide estavam num nível superior ao da ciência e da técnica que possuímos no presente. Aceitando-se um total de dois milhões e 300 mil blocos de pedra para a Grande Pirâmide, um período de construção de 20 anos e uma jornada de trabalho de oito horas diárias, cálculos simples revelam que seria possível ajustar 0,7 blocos por minuto. Em outras palavras, levaria aproximadamente 10 minutos para ajustar sete de tais enormes blocos perfeitamente no lugar. Isto sem considerarmos o tempo gasto para construir ou demolir a rampa usada para elevar as pedras. Engenheiros têm calculado que tal rampa requereria 18 milhões de pedras, mais de sete vezes que a quantia usada para a própria pirâmide, e o emprego de mão-de-obra de 240.000 pessoas durante o reinado de Kéops e mais do que 300.000 trabalhadores para desmontá-la depois, durante pelo menos oito anos. Não se está levando em conta o tempo gasto para posicionar os nove blocos, cada um pesando 50 toneladas, do interior das câmaras reais, ou o tempo para revestir o monumento com as pedras do acabamento. De forma surpreendente, uma experiência de investigadores japoneses, por volta de 1990, para construir uma pirâmide usando tecnologias modernas foi abandonado após seis meses, quando os cálculos mostraram que levariam mais de 1000 anos para completar a tarefa.A muitos causa estranheza o fato dos egípcios terem os conhecimentos geológicos suficientes para saberem que uma área imensa na margem ocidental do Nilo era constituída por uma vasta fundação rochosa e sem falhas. Sem esse pré-requisito, a Grande Pirâmide teria desmoronado, provavelmente durante a construção. Otro fato que surpreende é que após limpar de areia e terra vários hectares de terreno, a rocha sólida que surgiu teve que ser nivelada e alisada antes que a edificação fosse iniciada e esse nivelamento é tão exato que a pirâmide de Kéops está menos de 12,70 milímetros fora do nível. Numa extensão de 230 metros (comprimento de um dos lados da pirâmide), um tal desnível — afirma o primeiro autor citado — pode ser considerado realmente desprezível, pois é um erro de 0,00005% apenas. Essa variação infinitesimal de precisão rivaliza com as imprecisões existentes hoje na maior parte das técnicas de construção de nossos tempos. A arqueologia clássica afirma que os conhecimentos matemáticos dos egípcios eram bastante primitivos. O conceito se baseia nos poucos textos que chegaram até nós sobre o assunto e que são, em sua maioria, destinados ao ensino infantil. Objeta-se que os papiros encontrados não representam, portanto, o nível mais elevado alcançado pela matemática daquele povo. Para saber qual foi esse nível, temos que nos valer dos monumentos deixados, os quais demonstram a capacidade que os egípcios possuíam para efetuar medições. Tomando como exemplo a base da pirâmide de Kéops, os estudiosos nos demonstram que o erro no dimensionamento dos seus lados é da ordem de 0,02 milímetros por metro. São inúmeras as fontes de erro nesse gênero de medições — afirma J. Alvarez Lopes — e se são indispensáveis os conhecimentos do nível, da lupa e do nônio para realizá-las, ainda assim não são suficientes, tornando-se indispensáveis conhecimentos adicionais de física e termologia. (...) Não é possível imaginar que medidas de tamanha precisão tenham-se realizado com cordas de folhas de palmeira. Por conseguinte, deveriam ter utilizado varetas ou arames metálicos; mas se tal fosse o caso, como explicar a maneira pela qual corrigiram a dilatação térmica dos metais?Depois de informar que são normais em Gizé diferenças diurnas na temperatura de mais de 20º C entre as dez horas da manhã e as duas da tarde, o autor esclarece que para trabalhar em tais condições não seria possível usar varetas de cobre, o metal conhecido na época. Seria necessário utilizar fitas de invar, uma liga de ferro com 36% de níquel de baixo coeficiente de dilatação térmica. Seria preciso, ainda, manter nas medições um controle da temperatura da ordem do gráu centígrado. Isso aponta na direção de uma capacidade tecnológica que não é atribuída aos egípcios pela arqueologia clássica: posse de termômetros e conhecimento exaustivo da física dos metais.Outras fontes nos dizem que o corredor descendente da pirâmide de Kéops, com cerca de 105 m de extensão, é tão preciso que se desvia de seu eixo central em menos de um quarto de polegada no sentido lateral e de apenas um décimo de polegada para cima ou para baixo. Isto só se compara com as melhores perfurações controladas a laser da atualidade. As pedras do revestimento que cobrem o monumento também estão tão perfeitamente ajustadas que o espaço da junção entre elas que recebe a argamassa tem apenas 0,17 cm. O egiptólogo Flinders Petrie comparou tal precisão fenomenal com o que há de melhor na indústria ótica, afirmando que isto vai além das capacitações da tecnologia moderna. As pedras não mostram qualquer sinal de ferramentas e os cantos não estão lascados, nem mesmo ligeiramente. |
Outras Hipóteses — Parte 2
Outras Hipóteses — Parte 3
A Pedra Artificial
Grande Pirâmide. Para começar sua discussão esse autor pondera que a própria existência das
O autor observa que, ao contrário do que geralmente se afirma, o tamanho dos blocos não diminui invariavelmente à medida em que a pirâmide sobe. Existem centenas de blocos enormes, só superados em tamanho pelas pedras da base, pesando de 15 a 30 toneladas, mais ou menos no nível da câmara do rei. Eles são tão grandes que ocupam o espaço de dois degraus do monumento. De modo geral, as alturas dos degraus aumentam e diminuem subitamente em 19 nítidas flutuações ao passo que os comprimentos — que o autor mediu em cerca de 10% da área da pirâmide — enquadram-se dentro de 10 medidas perfeitamente uniformes. Elimina-se, assim, — afirma Davidovits — qualquer possibilidade de que os blocos houvessem sido cortados em tamanhos aleatórios, determinados por rachadura e outras características do leito rochoso. Tentativas de explicar a preparação e uso de blocos de dimensões tão uniformes, baseadas na hipótese de corte, deparariam com grandes dificuldades. Este grau de uniformidade exclui inteiramente a possibilidade de corte com instrumentos primitivos. Dois arqueólogos e arquitetos, George Perrot e Charles Chipiez, referindo-se às esculturas do Império Antigo perguntaram: De que maneira conseguiram os escultores cinzelar essas rochas tão duras? Ainda hoje isto é muito difícil, mesmo usando os melhores cinzéis de aço temperado. O trabalho é muito lento e difícil, e o artista se vê obrigado a parar com frequência para afiar o gume do cinzel, que se torna rombudo em contato com a pedra, e, em seguida, retemperá-lo. Mas os contemporâneos de Kéfren, e todos concordam com isto, não possuíam cinzéis de aço. Acontece, entretanto, que no decorrer do Império Novo e nas épocas posteriores, os egípcios não conseguiram realizar trabalhos semelhantes, mesmo dispondo, então, de ferramentas de bronze. Isso estarrece os estudiosos e o próprio Champollion se mostrou surpreso com a qualidade medíocre das estruturas erquidas no Império Novo. E diga-se ainda que, segundo estimativas do geólogo de Roziere, um dos 150 cientistas que acompanharam Napoleão ao Egito, há mais pedras nas pirâmides de Gizé do que em todas as obras erguidas durante o Império Novo, o Período Tardio e o Período Ptolomaico juntos, uma época que totaliza cerca de 1500 anos.Além disso, os monumentos erguidos a partir do Império Novo, em sua
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Parte 2
Para provar que sua tese é viável, aquele autor arrola uma série de argumentos. Segundo ele, com as ferramentas de cobre então disponíveis era perfeitamente possível serrar e aplainar troncos de árvores para transformá-los em tábuas e com elas construir moldes. A madeira era provavelmente trazida do Líbano. É sabido que os antigos egípcios eram mestres na arte da carpintaria. Já na I dinastia os carpinteiros juntavam pranchas em ângulos retos perfeitos. Na ilustração acima, de uma mastaba da IV dinastia, vemos carpinteiros serrando tábuas e preparando encaixes. Os ajustamentos exatos conseguidos entre os blocos de revestimento da Grande Pirâmide, difíceis ou até impossíveis de conseguir pela movimentação de enormes blocos pesando toneladas, poderiam ser facilmente obtidos pela moldagem dos mesmos no lugar. O produto mais importante na fabricação do cimento necessário era a cal. Para obtê-la bastava calcinar calcário, dolomita ou magnesita em fornos e tal prática já era conhecida há dez mil anos atrás. A enorme quantidade de cascalho de calcário necessário para fabricação dos blocos podia ser facilmente obtida e Davidovits explica como: Água, provavelmente trazida tão perto quanto possível por um canal, era usada para inundar o leito rochoso de Gizé e saturá-lo para produzir fácil desagregação. O calcário de Gizé torna-se tão macio quando saturado, que pode ser facilmente quebrado em pedaços quando inserido nele um tarugo de madeira. O corpo da Grande Esfinge foi esculpido, à medida que o calcário lamacento era apanhado em baldes para a fabricação dos blocos da pirâmide. Homens chapinhando em calcário molhado, lamacento, enquanto trabalham sob o calor do deserto, fazem muito mais sentido do que quebrando pedra nas pedreiras em um deserto quente e poeirento, como exigido pela teoria tradicional. Para que o endurecimento da massa se desse em algumas horas, seria necessário o emprego de minerais arsenicais. Outros tipos de minerais como turquesa e crisocola também eram exigidos para que as reações químicas se processassem. Tais minerais foram escavados nas minas do Sinai em imensas quantidades, em época que corresponde exatamente à da construção das pirâmides, e isso é um dos argumentos apresentados em defesa dessa tese. Finalmente, outros produtos químicos necessários ao processo, segundo aquele autor, seriam a alumina, existente na lama do Nilo, e o natrão, abundante nos desertos e nos lagos salgados e usado largamente na mumificação.Ao analisar cientificamente algumas amostras de pedras das pirâmides, através de análise química de raios X, Davidovits descobriu que elas continham elementos minerais raríssimos em calcário natural, mas que podem surgir durante o processo de produção da rocha artificial. Um desses minerais era a bruxita, material orgânico presente em fezes de aves, ossos e dentes, mas que dificilmente seria encontrado em calcário natural. Ele também analisou mais de 30 amostras de pedras provenientes das pedreiras das quais se acredita que tenham vindo os blocos de revestimento da pirâmide de Kéops e em nenhuma de tais amostras encontrou os minerais raros que detectou nas amostras das pirâmides.Na sua procura por sinais que revelassem a natureza artificial das pedras
As bolhas de ar não são esféricas, mas ovais, semelhantes às que surgem durante a manipulação de argila. Com relação às fibras orgânicas, o autor esclarece que cabelos nunca foram encontrados em rochas com 50 milhões de anos e que ele também não os encontrou nas amostras de pedreiras que examinou. Finalmente, a camada vermelha é, segundo o autor, uma tinta aplicada sobre uma camada branca subjacente também artificial. Essa última é, na verdade, um cimento mais sofisticado do que o cimento simples de gesso e cal que os estudiosos descrevem como sendo a tecnologia egípcia daquela época nessa área. A camada e a coloração — diz Davidovits — constituem realmente notáveis produtos alquímicos, não demonstrando empolamento ou outro tipo de deterioração apreciável, mesmo depois de 4500 anos.Em 1974 uma equipe de pesquisadores tentou encontrar câmaras ocultas na pirâmide de Kéops. Não puderam levar o projeto avante porque a umidade do monumento era tão grande que impossibilitava a transmissão das ondas eletromagnéticas, as quais eram absorvidas pelas pedras. Surpreendentemente, porém, o leito rochoso calcário natural de Gizé é relativamente seco. Apenas concreto poderia estar saturado de umidade, assevera Davidovits. Segundo ele, o conteúdo de umidade tão elevado é suficiente para convencer a qualquer profissional da indústria de concreto de que a pedra da pirâmide é algum tipo desse material. Hoje, estruturas de concreto recentemente construídas são inteiramente úmidas. A umidade na pedra da pirâmide resulta, ao que tudo indica, da migração do lençol freático. É comum, aliás, que estruturas de concreto absorvam água subterrânea em ambientes desérticos.Quando esteve pesquisando em Gizé, Davidovits observou que todos os blocos que formam as três famosas pirâmides possuem sua camada superior, de cerca de 20 a 30 centímetros, mais fraca, de densidade mais leve e com mais sinais de erosão que o resto da pedra. Isso ocorre, segundo ele, porque os blocos foram produzidos da mesma maneira como era preparada a argamassa, a saber: os agregados eram despejados diretamente no molde, que se encontrava parcialmente cheio de água e aglutinante. Combinando-se a mistura com a água, os materiais mais pesados acamavam-se no fundo. Bolhas de ar e o excesso molhado do aglutinante subiam, disto resultando uma matriz mais leve e mais fraca. A camada superior é a que exibe também o menor número de carcaças fósseis, não tão acumuladas no interior da pasta densa e, por conseguinte, depositaram-se orientadas no sentido horizontal. A produção desse concreto dispensou mistura, e medições precisas resultaram em camadas perfeitamente planas. O autor argumenta que caso os blocos fossem de calcário natural, esse padrão antinatural de densidade não se explicaria, pois ele é quase sempre do mesmo tamanho, independentemente da altura do bloco.Conforme já foi dito, Davidovits constatou que os comprimentos dos blocos da pirâmide enquadram-se dentro de 10 medidas perfeitamente uniformes. Além disso, eles devem ter sido produzidos em moldes de apenas cinco tamanhos, pois alguns blocos foram moldados com comprimentos perpendiculares ao plano da face da pirâmide. O fato de os blocos mais longos terem sempre o mesmo comprimento — afirma aquele pesquisador — constitui evidência extremamente forte em favor do uso de pedra moldada. Mostra que cada bloco foi produzido de acordo com especificações exatas, imediatas, do arquiteto durante a construção. Os blocos longos aparecem imediatamente acima ou abaixo de blocos de comprimento menor, o que torna visível o plano de construção. Qualquer dimensão requerida podia ser determinada rapidamente pelo arquiteto, uma vez que seria relativa ao comprimento do bloco na fileira imediatamente abaixo. Pensa o autor que seria difícil explicar essa uniformidade do comprimento dos blocos baseando-se na hipótese de corte e escultura das pedras: Blocos jamais poderiam ter sido cortados, armazenados e selecionados na escala necessária.As faces sul e oeste da pirâmide de Kéfren são reproduçoes idênticas recíprocas, indicando isto que todo o intrincado desenho é tridimensional. Camadas sucessivas são feitas segundo o mesmo padrão, ao passo que outras são de padrões diferentes, inter-relacionados. Alguns apresentam padrões que são quase os mesmos que os das camadas vizinhas. Os padrões de outras são o contrário das que as cercam. Todos os blocos foram vazados de acordo com um plano mestre excepcional, que eliminou a formação de juntas verticais, o que ocasionaria o aparecimento de pontos de fraqueza. A pirâmide lembra um complicado quebra-cabeça tridimensional, eficazmente formulado para criar uma superestrutura incrivelmente forte e estável.Ao analisar a visão de Heródoto a respeito da maneira pela qual as pirâmides foram construídas, Davidovits encontra mais um ponto de apoio para alavancar sua teoria. Afirma ele que as referências que Heródoto faz ao arrastamento de pedras devem referir-se não ao arrastamento de blocos, mas ao de pedregulho, pois o calcário usado nos blocos de revestimento foi, com toda probalilidade, transportado das pedreiras das montanhas arábicas. Ressalta, ainda, que o historiador grego jamais declara que os blocos da pirâmide haviam sido talhados. No que se refere a um canal formado pelas águas do Nilo, o pesquisador entende que tais canais realmente deviam existir para trazer, ao platô de Gizé, a água necessária para desagregar o calcário e à produção de enormes quantidades de cimento.E o que dizer das "máquinas" citadas por Heródoto em seu relato? Davidovits acredita que elas eram moldes e sugere que se leia o referido trecho substituindo a palavra máquina por molde e a palavra pedra por cascalho, obtendo-se, então, o seguinte:
Foi um trabalho realmente complexo o da construção da pirâmide. Para levar o cascalho aos diversos planos empregavam-se moldes feitos de pequenos pedaços de madeira e situados em diferentes alturas. Ao chegar o cascalho ao primeiro plano, era colocado em outro molde, que o levava para o segundo, onde outro molde o transportava para o terceiro, e assim sucessivamente, até o alto do monumento.O pesquisador explica que a palavra grega usada por Heródoto foi mechane e que este é um termo genérico, que indica algo inventado ou fabricado. Não é uma palavra específica, mas uma ampla generalização e a falta de conhecimento sobre o método de construção das pirâmides influenciou a maneira pela qual os tradutores a interpretaram. Não só o relato de Heródoto não confirma o corte da pedra, — afirma o químico — mas tampouco implica que os blocos foram içados pirâmide acima. O que existe é uma descrição relativa ao empilhamento de uma pirâmide, fileira após fileira. A descrição em parte alguma afirma que os blocos foram elevados por meio de rampas ou, a partir do solo, por uma máquina, diretamente a grandes alturas. A afirmativa do historiador grego de que os operários que construíram a Grande Pirâmide foram alimentados com rábanos, cebolas e alhos, que custaram aos cofres do faraó o equivalente a 1600 talentos de prata, foi considerada ridícula por egiptólogos notáveis. Davidovits acredita que aqui as informações foram transmitidas de forma distorcida a Heródoto. Ele esclarece que minerais empregados no processo de fabricação da pedra sintética podem emitir, quando aquecidos, odores semelhantes ao do rábano, da cebola e do alho. Aquela importância citada, correspondente a mais de 100 milhões de dólares, deve representar, isso sim, o custo de mineração de minerais arsenicais usados na construção da pirâmide de Kéops. Comenta o autor que não é difícil compreender por que não conseguiram explicar bem o método de construção a Heródoto, se é que o conheciam. Ao que parece, não há uma palavra apropriada grega a respeito de tal tipo de pedra, a mais aproximada é polida (xeston). Comunicar a idéia de pedra artificial ou de alguma outra maneira preparada ou manipulada pelo homem, podia facilmente ser entendido mal, especialmente numa conversa com um viajante que desconhecia a tecnologia, através de um intérprete. Além disso, conclui, tradutores modernos obscureceram, por descuido, o texto, ao interpretar mal algumas palavras-chave. Idéias preconcebidas sobre a construção das pirâmides desempenharam um papel importante nas traduções do texto para línguas modernas.
Levando-se em conta o tempo gasto para edificação de uma pirâmide e o número de trabalhadores envolvidos na tarefa, é óbvio que uma enorme quantidade de pessoas conhecia, ou pelo menos via, o método realmente usado na construção. Esses métodos, por conseguinte, — afirma Davidovits — não podem ter sido secretos e provavelmente devem ter sido documentados. No século XIX, procedeu-se à decifração da maioria dos textos hieroglíficos e cuneiformes, que não foram atualizados de modo a refletir achados arqueológicos correntes ou progressos científicos. Todos eles refletem as limitações dos conhecimentos científicos da época. Não podem, por isto, ser inteiramente exatos, e tampouco conclusões precisas sobre a tecnologia antiga podem ser alcançadas com base neles. Para ver detalhe de um dos encaixes da grande galeria, clique aqui e para ver detalhe de um dos entalhes verticais, clique aqui. No ano de 1987 dois arquitetos franceses realizaram medições na Grande Pirâmide em busca de câmaras secretas. Nada encontraram mas, usando equipamentos especiais, mediram toda a densidade do monumento e constataram uma densidade total 20% mais baixa do que a esperada do calcário. A densidade mais baixa — esclarece Davidovits — é uma consequência da agregação. Blocos moldados são sempre 20 a 25% mais leves do que a rocha natural, porque se encontram cheios de bolhas de ar.As portas levadiças encontradas nos subterrâneos da pirâmide de Kéfren pesam duas toneladas e exigem a força de pelo menos 40 homens para movê-las. Entretanto, o recinto no qual elas se encontram não comportam mais do que oito homens em seu interior. Faz sentido dizer — afirma Davidovits — que as pesadas portas levadiças dessa e de outras pirâmides foram moldadas no local. Além disso, certos aspectos, como a largura uniforme dos blocos dessa pirâmide, constituem prova esmagadora da moldagem de pedra, e, tal como no caso dos blocos da Grande Pirâmide, as alturas dos mesmos na pirâmide de Kéfren são alternadas.A partir da V dinastia as pirâmides construídas foram de qualidade muito inferior àquelas das dinastias anteriores. Apesar disso, apresentam alguns aspectos notáveis como, por exemplo, belíssimos altos relevos nas paredes dos templos funerários. Os egiptólogos — esclarece Davidovits — não conseguem explicar por que os egípcios desse período concentraram-se em abundantes decorações de paredes de templos e não na construção de grandes pirâmides e tampouco por que os trabalhadores passaram a retirar blocos de monumentos mais antigos para completar suas obras. A explicação não pode ser procurada na situação política da época, porque no decorrer da V dinastia os tempos eram prósperos, apesar do poder do faraó ter enfraquecido. Para Davidovits o declínio na edificação dos grandes monumentos ocorreu pelo esgotamento dos recursos minerais. O conjunto dos minerais azuis ou azuis-esverdeados empregados nesse processo de criação da pedra sintética recebeu, desde os períodos mais remotos, a denominação genérica de mafkat. Trata-se de um grupo de 11 minerais que inclui a turquesa, a malaquita e a crisocola, entre outros. No decorrer da III e da IV dinastias houve extração de mafkat em escala industrial das minas do Sinai e de Wadi Maghara. As quantidades extraídas foram enormes.Não há explicação — afirma Davidovits — para a quantidade imensa de mafkat extraído. Teria desaparecido em comércio com outras nações? Não há dúvida de que o número de peças de joalheria, amuletos e outros objetos feitos ou que incluíam turquesas e outros minerais azuis ou azuis-esverdeados remanescentes é desproporcional ao mafkat que se sabe ter sido escavado. E os artefatos encontrados em regiões que se sabe tiveram antigos laços de comércio com o Egito não pode explicar o volume inusitadamente alto de mafkat extraído.Calculou-se — prossegue o autor — que atingiu aproximadamente mais de cem mil toneladas a quantidade de mafkat minerado, cerca do mesmo volume de minério de cobre. Supondo que o mafkat entrou com 10% do cimento usado, então cem mil toneladas teriam produzido um milhão de toneladas de cimento. Supondo ainda que até 10% do concreto de calcário da pirâmide é constituído de cimento, então um milhão de toneladas de cimento teria produzido dez milhões de toneladas de concreto de calcário. Mas uma vez que o mafkat era necessário apenas à pedra de alta qualidade, como a usada nos blocos de revestimento, os minerais extraídos das minas do Sinai teriam sido suficientes para construir todas as pirâmides e obras de alvenaria correlatas, tais como pedras de revestimento internas e externas, templos, cimalhas e obras de estatuária.No decorrer da VI dinastia o Egito tornou-se uma nação menos poderosa e os faraós perderam seu poder absoluto. A arquitetura e as obras de arte entraram em declínio. São raras as estátuas da V e da VI dinastia, sendo que as melhores desse período datam do início da V dinastia. Os faraós da VI dinastia, ao erguerem suas pirâmides, seguiram os métodos construtivos empregados no decorrer da V dinastia, mas os conjuntos funerários circundantes e seus altos-relevos foram menos refinados. Sabe-se que nessa época foram promovidas expedições mineradoras ao exterior e Pepi II, o último faraó da VI dinastia, parece ter mantido comércio longo e ininterrupto com o Líbano, de onde pode ter sido trazida a madeira apropriada à preparação de moldes. Alguns anos depois da morte de Pepi II, o Egito deixou de ser uma nação unificada e mergulhou em um estado de anarquia que durou mais de 200 anos. Davidovits entende que embora possa ter havido má administração e escassez de alimentos causada por mudanças climáticas, como querem alguns estudiosos, há a possibilidade de que a economia tenha ficado cada vez mais deprimida devido à decadência da outrora imensa indústria de construção de obras públicas, o que, com o tempo, abalaria a fé no governo. Em vez de a decadência da civilização ter ocasionado a decadência da indústria de construção, é mais provável que tenha ocorrido justamente o oposto.Na VII e VIII dinastias houve numerosos faraós efêmeros e nos raros monumentos construídos durante essa época foram empregados apenas materiais de baixa qualidade. Nos recipientes, o barro substitui a pedra, o metal e a faiança. As estruturas nunca alcançaram mais de dez metros de altura, e a maioria sequer chegou a ser completada ou desapareceu.No decorrer da IX e X dinastias houve luta intermitente e sangrenta entre os egípcios de Heracleópolis e os de Tebas e o país foi novamente unificado durante a XI dinastia pelo faraó Nebhepetre Mentuhotepe, iniciando-se o período que hoje denominamos de Império Médio, tendo Tebas como capital do Egito. Dos faraós da XI dinastia só a tumba de Mentuhotepe foi completada. Pouca pedra foi usada nas pirâmides da XII dinastia. Seu primeiro faraó, Amenemhet I, economizou no volume de pedra necessário colocando sua pirâmide em terreno elevado. Sesóstris I reinou por 35 anos e enviou expedições às minas de Wadi Kharit no Sinai. Ergueu sua pirâmide em el-Lisht e mandou construir monumentos em profusão por todo o Egito. Estudos para determinar que monumentos foram de pedra cortada e quais de pedra aglomerada proporcionariam importantes introvisões sobre esse período político — pensa Davidovits. Por sua vez, a pirâmide de seu filho e sucessor, Amenemhet II, parece ter sido construída quase que inteiramente com tijolos de barro. E aquele autor comenta: É notável que mil anos após Imhotep, Amenemhet II, durante uma época de prosperidade, tenha julgado necessário recorrer a um método de construção que empregou quase exclusivamente tijolos de barro. A pirâmide do faraó seguinte, Sesóstris II, também era de tijolos de barro, mas o sarcófago encontrado em seu interior é considerado um dos trabalhos mais perfeitos executados em granito pelos egípcios. Seu filho, Sesóstris III, foi um dos maiores faraós do Império Médio, mas sua pirâmide foi erguida com tijolos, enquanto que na câmara funerária e no sarcófago foi usado granito. Ele explorou com empenho as minas do Sinai, mas obteve menores resultados no que se refere a extração de mafkat. Embora já se usasse nessa época ferramentas de metal, ao invés das de sílex, para esse trabalho, os documentos falam do fracasso de várias dessas expedições. Amenemhet III mandou construir em pedra calcária um monumento que ficou conhecido como O Labirinto, mas, ao que parece, os blocos foram removidos de estruturas mais antigas. A pirâmide desse faraó foi erguida em Hawara com tijolos de barro e, dentre as feitas com tal material, é a que apresenta o melhor acabamento. Isso é devido, em parte, segundo esclarece Davidovits, à composição mineralógica dos tijolos que foram feitos com a mistura de soda cáustica (natrão, cal e água) com o barro do lago Moeris. Entretanto, no interior desse monumento existe uma câmara mortuária feita de uma única peça de quartzito. Se essa câmara foi cortada, — afiança Davidovits — o trabalho teria exigido usinagem de precisão por dentro e por fora em uma massa sólida de quartzito duro, o tipo mais duro de pedra. (...) Arriar a estrutura enorme no espaço confinado teria sido o menor dos difíceis problemas. Se a massa fora extraída, o local da pedreira devia ter continuado a existir. As pedreiras de quartzito do Egito não mostram sinais de extração de blocos ou de estátuas, segundo os membros da expedição napoleônica, que fizeram um exame completo das reservas de quartzito do Egito. Por outro lado, quartzito solto, alterado pelo intemperismo, abunda nas proximidades de quase todas as pedreiras dessa rocha e se encontrava em condições de aglomeração.Na XIII dinastia a câmara funerária da pirâmide do faraó Khendjer, feita de um único bloco de quartzito, pesava cerca de 70 toneladas, mas o monumento em si foi erguido com tijolos. Portanto, durante o Império Médio, embora as pirâmides passassem a ser construídas com tijolos, continuam sendo soberbos os sarcófagos monolíticos e as câmaras de calcário, granito e outras variedades de pedra encontradas no interior das mesmas. Do período em que perdurou a invasão dos hicsos só se tem notícias em papiros e escassas evidências materiais sobre construção de pirâmides. Quando, após o Segundo Período Intermediário, o poderio egípcio se firmou novamente, pela mão do fundador da XVIII dinastia, Amósis, esse faraó construiu um cenotáfio em Abido com forma piramidal. Ele colocou o povo vencido a cortar pedra nas pedreiras de Tura e a estela de Amósis é o primeiro documento conhecido que se refere a extração de pedra com instrumentos de bronze. Todos os faraós do Império Novo, entretanto, foram enterrados em túmulos escavados na rocha e no território do Egito não mais se ergueram pirâmides. A grande verdade é que o fim da construção das pirâmides marca o encerramento das extrações de minerais em grande escala no Sinai.O autor que analisamos até aqui conclui afirmando: Entendemos agora a evolução da construção das pirâmides e o motivo pelo qual essas grandes estruturas nunca mais foram erigidas. O emprego de pedra artificial explica por que, à medida que se aprimoravam as ferramentas, as dimensões dos blocos tornam-se cada vez maiores, embora o oposto devesse ter ocorrido, se os blocos tivessem sido cortados. Na ampla perspectiva, compreendemos o que continuou a ser o paradoxo tecnológico do Egito. |
pirâmide de Kéops (c. 2551 a 2528 a.C.) com a mais recente tecnologia: microscópios eletrônicos, uma tocha de protoplasma e escanemanto com raio X. O que acharam foram relações mineralógicas que não existem em qualquer fonte de pedra calcária conhecida. Por exemplo, compararam as quantidades de silício com as de cálcio e magnésio nas várias amostras. As relações encontradas entre o cálcio e os outros elementos não são encontradas em depósitos naturais de pedra calcária. Também descobriram que algumas amostras de calcita e dolomita estavam hidratadas, o que significa que havia moléculas de água aprisionadas no interior do material, novamente uma situação que não se encontra na natureza.Finalmente, em algumas das amostras, quando observadas no microscópio, notou-se a presença |
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pirâmide de Kéops foi construída. Tendo iniciado sua vida profissional como aprendiz em uma companhia de engenharia de Manchester, sua cidade natal, ele se transferiu em 1969 para os Estados Unidos. Iniciando como habilidoso ferramenteiro e especialista em máquinas e ferramentas mecânicas, trabalhou em quase todos os níveis de produção de alta tecnologia, da construção à operação de lasers industriais de grande potência, e chegou ao posto de Engenheiro de Projetos e Gerente de Processos a Laser de uma empresa aeroespacial norte-americana, da qual, atualmente, ele Em visitas que fez ao Egito, esse pesquisador entrou em contato com
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o resultado de verdadeiro torneamento em um torno mecânico. Dunn esclarece que podem ser criados objetos complicados sem a ajuda de maquinaria: basta simplesmente esfregar o material com um abrasivo como areia e usar um pedaço de osso ou madeira para aplicar pressão. Entretanto, Petrie afirmou que as relíquias que ele examinara, como algumas dessas que vemos acima, não poderiam ser produzidas por qualquer processo de abrasão ou fricção exercido sobre a superfície.
Petrie examinou uma prosaica tijela de pedra. Observando-a detalhadamente
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Parte 3
Realizando seu trabalho, Chistopher Dunn sentia a atmosfera carregada de poeira do interior daqueles túneis, o que tornava difícil a respiração. Ficou então imaginando o desconforto e quão insalubre seria dar acabamento a qualquer uma daquelas enormes peças de granito, seja lá qual fosse o método empregado. Uma melhor alternativa seria executar o trabalho fora daquele ambiente. Eu estava tão surpreso com este achado — escreveu ele — que não me ocorreu, a não ser mais tarde, que os construtores destas relíquias, por alguma razão esotérica, desejavam que elas fossem extremamente precisas. Eles tinham se dado ao trabalho de trazer para o túnel o produto inacabado e terminaram-no no subterrâneo por uma boa razão! Essa é a coisa lógica a fazer se você requer um alto grau de precisão na peça em que está trabalhando. Terminar a peça com tal precisão em um local que mantivesse uma atmosfera diferente e uma temperatura diferente, como ao ar livre debaixo do sol quente, significaria que quando ela fosse finalmente instalada dentro do túnel frio, numa temperatura semelhante à de uma caverna, aquela precisão seria perdida. O granito mudaria sua forma por expansão e contração térmica. A solução, naquela época como hoje em dia, é claro, é preparar superfícies de precisão no local no qual elas deverão ser utilizadas. Com que propósito os egípcios extraíram de suas minas blocos de granito de 90 toneladas, escavaram seu interior e o fizeram com tão alto nível de precisão? Por que acharam necessário trabalhar a superfície no topo desta caixa de maneira a torná-la perfeitamente plana de forma que uma tampa, com uma superfície no seu lado inferior igualmente plana, se assentasse perfeitamente no esquadro com relação às paredes interiores do sarcófago? Dunn comenta que ninguém faz esse tipo de trabalho a menos que haja um elevado propósito para o artefato. Até mesmo a idéia deste tipo de precisão não ocorreria a um artesão, a menos que não houvesse nenhum outro meio para atingir aquilo que se pretendia que o artefato fizesse.A única outra razão pela qual tal precisão poderia ser implantada em um objeto seria a de que as ferramentas usadas para criá-lo fossem tão precisas que fossem incapazes de produzir qualquer coisa menos exata. Em qualquer dos dois cenários, estamos olhando para uma civilização de um nível mais alto do que aquele que é normalmente aceito hoje em dia. Para ele as implicações desse fato são surpreendentes e enfatiza: É por isso que acredito que estes artefatos que examinei no Egito são a evidência incontestável que prova, sem sombra de dúvida, que uma civilização mais adiantada do que aquela que aprendemos existiu no antigo Egito. A evidência está gravada na pedra. Pode-se argumentar que a falta de maquinaria refuta a existência de uma sociedade avançada entre os antigos egípcios. Mas Dunn contesta tal argumento dizendo que uma falta de evidência não é evidência. É falacioso negar ou ignorar o que existe argumentando com aquilo que não existe. O autor sugere que sejam feitos estudos mais aprofundados nesses sarcófagos para que se descubra que finalidade levou os artífices egípcios a buscarem tão alto grau de precisão, já que a intenção nesse sentido está bastante clara. Talvez as superfícies das caixas até estejam acabadas com precisão ótica. Se assim for, por quê? Entretanto, não era o objetivo de Christopher Dunn analisar esse tipo de detalhe.Quando retornou aos Estados Unidos, Dunn contatou quatro fabricantes de granito de precisão e não encontrou ninguém que pudesse fazer um artefato semelhante. Um deles informou que um pedaço de granito daquele tamanho deve pesar cerca de 90.000 quilos e, se uma peça daquele tamanho estivesse disponível, seu custo seria enorme. O pedaço do granito bruto valeria algo em torno de 115 mil dólares. Este preço não incluiria o corte do bloco no tamanho adequado ou qualquer custo de frete. O próximo problema óbvio seria o transporte. Seriam necessárias muitas licenças especiais a serem emitidas pelos órgãos competentes que custariam outros milhares de dólares. E, entretanto, os egípcios moveram esses pedaços de granito por quase 800 quilômetros. O mesmo fabricante informou que sua empresa não tinha o equipamento ou a capacidade técnica para produzir caixas semelhantes. O que poderiam fazer seria produzir as caixas em cinco pedaços, transportá-los até o cliente e juntá-los no local.O terceiro objeto que Chistopher Dunn examinou, e que vemos na foto
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Parte 4
O Uso de Magnetismo
E a resposta é: meios pelos quais os objetos podem ser erguidos, superando a força gravitacional da Terra. Nós aplicamos técnicas anti-gravitacionais em nossa vida cotidiana. Quando saímos da cama pela manhã, nós empregamos a anti-gravidade. Um avião e um elevador, por exemplo, são tecnologias inventadas para superar os efeitos da gravidade. Estamos trabalhando sob a suposição de que para criar um dispositivo anti-gravitacional a gravidade já seja um fenômeno totalmente conhecido e compreendido e que a tecnologia tem condições de anulá-la. Mas, não é bem assim. A verdade é que ainda nos escampam a natureza da gravidade e a maneira de produzir ondas que possam interferir sobre ela.E se na realidade não existe essa coisa chamada gravidade? E se as forças naturais que nós já conhecemos forem suficientes para explicar os fenômenos visíveis que nós etiquetamos como gravidade? E se, como reivindica Leedskalnin, tudo se reduz a ímãs individuais, as propriedades conhecidas de um ímã não seriam suficientes? Nós sabemos que polos semelhantes se repelem e que polos opostos se atraem. Nós também sabemos que podemos suspender um ímã sobre outro, contanto que não permitamos que os polos opostos se atraiam. Ímãs procuram se atrair e, entregues a si mesmos, alinharão seus polos opostos uns aos outros. Se um ímã grande for suspenso por cima de um ímã menor, dependendo da proporção entre eles, a distância entre os ímãs será diminuída até o ponto em que o ímã menor não seja capaz de exercer força suficiente para se elevar. A terra, sendo o ímã maior, emite fluxos de energia magnética que segue linhas de força que há séculos sabemos que existem. Se nós assumirmos, como fez Leedskalnin, que todos os objetos são ímãs individuais, nós também podemos assumir que uma atração existe entre estes objetos devido à natureza inerente de um ímã que busca alinhar um polo oposto a outro. Talvez os meios que Leedskalnin tenha encontrado para trabalhar com a força gravitacional da Terra não tenha sido nada mais complicado do que inventar meios pelos quais o alinhamento dos elementos magnéticos dentro de seus blocos de coral pudesse ser ajustado para resistir aos fluxos do magnetismo terrestre.É bem sabido que Leedskalnin trabalhava sozinho e, portanto, seus métodos
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Uma Rampa Interna
Existe alguma evidência que suporte a teoria de Houdin? Parece que sim. Uma pequena evidência parece ser uma das aberturas ou entalhes dos cantos da rampa usados para virar os blocos. Este encontra-se a dois terços acima do canto nordeste, precisamente no ponto onde Houdin predisse que haveria um. Além disso, em 1986, um pesquisador de uma equipe francesa que estava inspecionando a pirâmide informou ter visto uma raposa do deserto entrar no monumento por um buraco próximo ao entalhe, o que sugere que há uma área aberta perto dele, talvez a rampa. Parece improvável que a raposa tivesse escalado mais da metade da altura da pirâmide. O mais provável é que haja alguma fenda não detectada junto ao solo por onde a raposa entrou na rampa e caminhou por ela até sair perto do entalhe. Seria interessante prender um dispositivo de telemetria a uma raposa, enfiá-la no buraco e monitorar seus movimentos.
Câmaras Ocultas
nas Pirâmides?
No interior da pirâmide de Kéfren duas medições foram realizadas ao longo da passagem horizontal principal que conduz à câmara funerária. Valores de alta-resistividade foram encontrados onde a passagem entra na câmara e foram achados valores até mais altos em outro trecho, sugerindo a existência ou de uma rachadura profunda no leito de rocha naquele ponto, que não é visualmente aparente no túnel, ou alguma outra anomalia a uma profundidade de quatro metros ou mais debaixo da passagem. Tal anomalia poderia ser um túnel e deveria ser checada através de perfuração, o que também ainda não foi feito.A sondagem acústica foi outro dos métodos empregados pela equipe de
Câmaras Ocultas
nas Pirâmides? — Parte 2
interna deles.
Em setembro de 1980 engenheiros do Ministério da Irrigação do Egito mediram a profundidade do lençol freático por sob a esfinge. Para isso posicionaram seus equipamentos de perfuração no meio de um campo de futebol a leste do monumento. Esperavam ter que penetrar cerca de seis metros e ficaram surpresos quando as brocas entraram pela areia para além de 15 metros de profundidade, quando bateram em alguma coisa sólida. Ficou provado que se tratava de granito vermelho, do mesmo tipo que pode ser visto na antecâmara da câmara do rei da Grande Pirâmide. Esse tipo de granito não é encontrado na área de Gizé e, da mesma maneira que o granito negro que reveste a câmara do rei, tem que ser trazido de Assuão, ou seja, de uma distância de mais de 800 quilômetros. A suspeita é de que exista alguma espécie de câmara subterrânea. Os engenheiros também avaliam que o leiaute do espaço ocupado pelo granito sugere a existência de um antigo porto. Até hoje não foram executadas escavações nessa área.Em 1987, uma expedição japonesa dirigida por Sakuji Yoshimura revelou a existência de quatro cavidades sob a esfinge. Radares eletromagnéticos localizaram duas cavidades com quatro metros de comprimento por dois de largura de ambos os lados do monumento, provavelmente ligadas entre si formando um túnel orientado na direção norte/sul. Uma terceira cavidade com um metro e meio de comprimento, um metro de largura e sete metros de profundidade existiria na altura da espádua direita e seu fundo seria constituído de um material mais duro que o calcário, talvez um metal. Uma última cavidade, menor, com cerca de três metros por um metro e cinquenta centímetros, se encontra sob as patas da esfinge e poderia conter qualquer coisa semelhante a um sarcófago. Segundo a interpretação de vários arqueólogos, as duas primeiras cavidades mencionadas situam-se no local em que existe uma fissura muito grande que corre ao longo de todo o corpo da esfinge. Ela se abre tanto no topo da cintura do animal que uma pessoa pode ser baixada por ela até atingir o nível do solo.Entre 1991 e 1993, John Anthony West, egiptólogo independente que acredita que a esfinge foi
O mistério continua, mas as pesquisas não param. Que surpresas o futuro nos reservará? Afinal, existirão ou não câmaras ocultas nas pirâmides e na esfinge?
Que Idade Tem a Esfinge?
A comunidade egiptológica — prossegue Schoch — concorda que o revestimento de granito da esfinge e dos templos do vale deve ser atribuído a Kéfren. No local eu encontrei uma inscrição cavada no granito do Templo do Vale que parece, em termos estilísticos, ser da época do Império Antigo. Parece lógico supor que os blocos de pedra calcária do núcleo tivessem sido cortados recentemente, ou seja, não estivessem desgastados, quando foram originalmente usados na construção da esfinge e dos templos a ela associados. Então, se os revestimentos de granito cobrem pedra calcária profundamente desgastada, as estruturas de pedra calcária originais devem preceder, em grau considerável, a seus respectivos revestimentos de granito. Obviamente, se a pedra calcária do núcleo (originária do fosso da Esfinge) é anterior ao granito do revestimento e este último é atribuído a Kéfren da IV dinastia, então a Grande Esfinge foi esculpida antes do reinado daquele rei.Em 1991 West e Schoch solicitaram ajuda a Thomas L. Dobecki, um geofísico texano, que
A parte dianteira da esfinge teria sido escavada bem antes da traseira. subterrâneo. O desgaste do subsolo é Foto © Jon Bodsworth. essencialmente uma modificação mineralógica e petrológica que ocorre nas pedras tão logo a superfície da rocha seja exposta ao ar, não importando qual seja o clima. Teoricamente a profundidade do desgaste está relacionada e é diretamente proporcional ao período de tempo durante o qual a superfície ficou exposta e, portanto, sujeita à chuva, à penetração da água e à evaporação da mesma. A conclusão foi a de que o solo por trás da esfinge foi escavado durante o Império Antigo, para se criar uma passagem que não existia atrás do monumento, mas que as laterais e a parte frontal do animal seriam duas vezes mais antigas.Schoch acredita que caso a esfinge não fosse anterior ao Império Antigo, deveria exibir uma aparência mais denteada e não o perfil de desgaste mais arredondado que é visível na parede do muro ocidental e no extremo ocidental da parede do muro sul. Ele pensa que as chuvas pesadas do final do período pré-histórico produziram os perfis arredondados na esfinge e nos muros circundantes. Ressalta que as mastabas de adobe de Saqqara, datadas de 2800 a.C., aproximadamente, não mostram qualquer evidência de significativo desgaste pela chuva, indicando quão seco foi o clima durante os últimos 5000 anos. Ele acredita que as características do desgaste na esfinge e nos muros que a circundam indicam uma data muito anterior a 3000 ou 2800 a.C para sua construção. Ele duvida que a quantidade, o tipo e o grau da erosão induzida pela chuva que se vê nos muros ao redor do monumento tenham sido produzidos em apenas alguns séculos.Talvez, inicialmente, só as laterais e a frente do corpo da esfinge tivesse sido esculpido e a
Que Idade Tem a Esfinge? Parte 2
A parede ocidental, ou seja, a que passa atrás da esfinge, exibe em toda sua extensão a mesma profunda erosão da extremidade oeste da parede sul. Se o vento ou efeitos químicos fossem a única causa do desgaste do monumento e dos muros, eles deveriam ter afetado a mesma rocha da mesma maneira tanto na esfinge quanto nos muros. A temperatura do ar e a umidade são os principais fatores que poderiam influenciar a intensidade do desgaste pelo vento ou por substâncias químicas. Porém, tais fatores têm pouca variação no espaço de cerca de 20 metros que separam o corpo da esfinge das paredes dos muros que a circundam e, assim sendo, Reader considera que o desgaste por estes processos não conduziria ao desenvolvimento de uma distribuição tão heterogênea de tal desgaste como a que se verifica no local.
A necrópole de Gizé está situada em um planalto de pedra calcária suavemente inclinado, que cai de seu ponto mais alto no oeste, além da pirâmide de Kéfren, por uma distância de mais de um quilômetro e meio antes de alcançar o ponto até onde chega a inundação do Nilo, a uma curta distância do leste da esfinge. Antes da construção das três grandes pirâmides, entre 2500 e 2400 a.C., esse planalto era um coletor para chuva e seu escoamento. A escavação do planalto para extrair a pedra destinada à pirâmide de Kéops (c. 2551 a 2528 a.C.) reduziu drasticamente esta área de coleta. Reader argumenta que a escavação do muro circundante da esfinge deve ter precedido a escavação do planalto para construir a pirâmide de Kéops. Só assim as paredes dos muros poderiam ter se corroído tanto, como o fizeram, pelo escoar da água no planalto. Embora o período dinástico egípcio tenha sido dominado por condições climáticas de aridez, houve intervalos mais úmidos. Só em 2350 a.C. é que ficaram totalmente estabelecidas as condições atuais de aridez. Entre a data proposta por Schoch para construção da esfinge, ou seja, entre 7000 e 5000 a.C., e 2350 a.C. houve uma fase de transição, durante a qual a crescente condição de aridez foi interrompida por chuvas ocasionais, provavelmente sazonais. Como a vegetação era pouca e a camada de solo sobre as rochas era pouco profunda, pesadas chuvas esporádicas saturavam o solo rapidamente e corriam sobre o planalto em direção ao vale do Nilo.Ainda que de curta duração, o grande volume destas águas, correndo por extensas áreas, produzia enxurradas capazes de provocar significativa erosão. Devido à topografia do local, as águas fluíram para regiões mais baixas e devem ter se despejado sobre a parede oeste do muro, erodindo a pedra calcária exposta e penetrando em qualquer fenda existente. A quantidade de água que atingiu o lado leste do muro deve ter sido proporcionalmente menor, produzindo erosão também menor. Embora as faces leste e oeste temham a mesma idade, a degradação ocorrida é significativamente mais intensa a oeste, lado sobre o qual mais enxurrada deve ter sido descarregada. O corpo da esfinge em si deve ter gerado pouco volume de enxurrada, pois deve ter ficado isolado da enxurrada vinda do planalto pela escavação que a rodeava. Ao expor esses argumentos, Reader acrescenta que o planalto de Gizé esteve sujeito a chuvas e enxurradas durante a IV dinastia (c. 2575 a 2465 a.C.) e, portanto, a erosão do muro oeste pelas águas acumuladas das chuvas não significa, necessariamente, que se tenha que fazer uma reavaliação da data de construção da esfinge.Existe uma pedreira a oeste da esfinge e há seguros indícios arqueológicos de que ela foi
Que Idade Tem a Esfinge? Parte 3
Levando todas as coisas em conta, parece que nós temos que dar a Kéfren o crédito de erguer a estátua mais maravilhosa do mundo, mas sempre com esta reserva de que não há nenhuma inscrição contemporânea que ligue a esfinge a Kéfren e, ainda que soe estranho, nós temos que tratar a evidência como circunstancial, até o momento em que um movimento afortunado da pá do escavador revele para o mundo uma informação definitiva sobre a construção da esfinge.Esse cientista livrou o monumento da areia que o recobriu por milênios. Teve acesso sem igual à estratigrafia dos escombros acumulados e às evidências arqueológicas em seu próprio contexto. Tal circunstância não esteve disponível aos investigadores subseqüentes. Apesar de uma riqueza de achados, Hassan não conseguiu atribuir a esfinge a qualquer faraó específico.Existe ainda uma terceira estela que entra nessa história. A assim chamada Estela do Inventário, descoberta pelo arqueólogo francês Auguste Mariette, informa que a esfinge já existia no tempo de Kéops. Acontece que tal estela é um artefato datado da XXVI dinastia (664 a 525 a.C.) e pode até mesmo ser uma fraude piedosa daquela época. Ela afirma que Kéops encontrou a esfinge em ruínas e mandou restaurá-la. A execução da peça é de má qualidade e os nomes das divindades que nela aparecem são aqueles empregados durante o Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.). Talvez ela seja apenas uma tentativa fraudulenta por parte dos egípcios daquela época de re-descobrir um passado que para eles já era muito antigo. Mas também existe a possibilidade que ela seja cópia de um documento mais velho. Houve precedentes nessa prática: um faraó da dinastia anterior, Shabaka (c. 712 a 698 a.C.), mandou gravar em granito um texto que encontrara deteriorado em madeira ou papiro. Além disso, a Estela do Inventário refere-se ao fato da parte posterior do nemes da esfinge haver sido atingida por um raio. Arqueólogos confirmam que realmente há dano nesse local, consistente com um forte impacto, bem como vestígios aparentes de trabalho de um antigo reparo.Um eminente arqueólogo da atualidade, Mark Lehner, identificou dois tipos de alvenaria
As Crenças Funerárias
Outro artifício mágico, utilizado no decorrer tanto da IV quanto da V dinastia (c. 2465 a 2323 a.C.), era a representação em pedra da cabeça do defunto, a qual era colocada na câmara mortuária. Presume-se que se destinavam a servir como substitutas da cabeça verdadeira, caso essa viesse a ser destruída. Chamadas de cabeças de reserva, eram verdadeiros retratos do morto. Nos modelos encontrados, as orelhas estão geralmente quebradas e às vezes existe uma linha de incisão que vai do topo à parte posterior do crânio. Os arqueólogos não conseguiram explicar o motivo de tais mutilações.
Havendo a crença de que o ka podia continuar a viver no interior do túmulo, tornava-se imperioso alimentá-lo. Nos
Para eliminar qualquer risco do espírito do morto não reconhecer sua estátua — esclarece I.E.S.Edwards — ela é geralmente identificada com o seu nome e títulos em hieróglifos. De forma similar, nas cenas esculpidas em relevo, breves inscrições explanatórias são inseridas como uma espécie de comentário, dando frequentemente os nomes das pessoas representadas e, às vezes, descrevendo as ações que elas executam. Tais pessoas são geralmente parentes do morto ou seus criados, que têm assim assegurados um pós-vida a serviço de seu amo.Apesar de toda a representação pictórica, um suprimento regular de provisões frescas sempre foi considerado essencial para o bem estar do morto. Para recebê-las existia nas mastabas um altar baixo e plano em frente à falsa-porta construída na parede oeste da capela do culto. As primeiras oferendas provavelmente eram trazidas por um filho que assim, provendo as necessidades de seu pai, simbolizava Hórus, o filho de Osíris. As oferendas subsequentes, entretanto, eram trazidas por sacerdotes mortuários — chamados de servidores do ka — que a isso estavam obrigados por contratos escritos e eram pagos pelo serviço. Tais pagamentos eram representados por propriedades deixadas em testamento aos sacerdotes pelo morto. As terras passavam automaticamente para os sucessores dos sacerdotes, os quais herdavam também as obrigações religiosas com relação ao túmulo.A prática, entretanto, demonstrou que até os mais
Aqui procuramos apresentar uma tabela com as principais características das pirâmides egípcias mais importantes. Sabe-se que mais de 80 monumentos desse tipo já foram encontrados pelos arqueólogos. Nossa pretensão é a de relacionar o maior número deles, embora isso talvez não possa ser alcançado nesse primeiro momento. Se vocé tiver alguma informação que possa nos ser útil, não hesite em nos enviar um e-mail. No início da IV dinastia as pirâmides começaram a ter nomes. Eles estão indicados aqui. Em alguns casos mostramos a grafia do nome da pirâmide em hieróglifos. Relacionamos, também, os nomes atribuídos modernamente aos monumentos. São três páginas reunindo informações sobre 76 pirâmides e mais um slide show. Se você seguir algum link destas páginas, retorne a elas usando o botão Voltar ou equivalente do seu navegador. |
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